Memória fotográfica, como a palavra diz, é o termo para a capacidade de tirar fotos mentais e de lembrá-las em detalhes, como se seu cérebro fosse uma câmera. A questão é: A memória fotográfica realmente existe? Para saber mais sobre isso, confira o artigo de hoje!

Memória Fotográfica: O Que É?

Uma memória fotográfica significa que uma pessoa é capaz de recuperar momentos específicos da memória em detalhes e com muita precisão. Nesse sentido, vale destacar que, os neurocientistas dividem a memória humana em três tipos:

• Memória explicativa: Como o armazenamento de fatos ou a lembrança de eventos específicos.
• A memória procedural: Como aprender a tocar piano ou jogar futebol.
• Memória de trabalho: Uma espécie de memória de curto prazo para lembrar temporariamente um número de telefone, por exemplo.

Segundo muitos, ter uma memória fotográfica é um luxo, pois você pode lembrar muitas informações visuais com relativa facilidade. Portanto, reconhecer objetos ou locais é muito mais fácil com uma memória fotográfica.

Algumas pessoas até afirmam que podem procurar palavras na memória se souberem onde a palavra está no livro que leram, digamos, uma semana atrás.

Nesse sentido, a memória fotográfica é um elemento bastante raro, encontrado em menos de 10% da população. Muitas vezes pode ser encontrado em crianças pequenas. Mas a maioria dessas crianças perderá esse dom quando chegarem à idade adulta.

Não se sabe por que muitas crianças perdem esse nível de memória à medida que crescem, mas uma explicação pode ser que as crianças tentam armazenar informações não verbalmente, mas sim, visualmente.

Memória Fotográfica: Isso Realmente Existe?

A existência de uma memória fotográfica parece muito plausível, mas isso é questionado por muitos pesquisadores. Entretanto, pouca pesquisa foi feita.

O cientista Marvin Lee Minsky, por exemplo, afirma que nenhuma evidência jamais foi encontrada da existência de uma memória fotográfica. Embora as pessoas acreditem que a tenham. Portanto, muito pouco se sabe sobre se realmente há ou não uma memória fotográfica. 

Além disso, existe uma grande diferença entre ter uma boa memória, por exemplo, lembrar certas informações e uma memória fotográfica onde as informações são armazenadas como imagens. 

Entretanto, não existem testes oficiais para a definição e comprovação da existência da memória fotográfica em uma pessoa, o que confirma que falta uma definição clara sobre isso!

Os Críticos Da Memória Fotográfica

O professor de psiquiatria americano e pesquisador de memória Larry Squire disse que a memória é mais como peças de um quebra-cabeça do que uma imagem.

Assim sendo, somos bons em lembrar o núcleo dos eventos, mas menos bons em lembrar fotograficamente todos os detalhes de uma cena do passado.

Nesse sentido, ao conversar com muitas pessoas sobre seus passados, instigando o máximo de detalhes possível, vemos divergências na percepção da memória. Além disso, o grau em que alguém consegue reproduzir os detalhes de eventos passados varia muito de pessoa para pessoa.

O que importa é quão forte era a atenção de alguém, quão focada no que aconteceu. Mas também tem a ver com o quão bem alguém é capaz de se lembrar das coisas.

Hipertimesia

Em 2005, um grupo de pesquisadores de memória da Universidade da Califórnia publicou um artigo sobre uma mulher a que se referiram como AJ. Neste estudo foi comprovado que esta mulher realmente pode se lembrar de todos os dias de sua vida desde os 14 anos.

No entanto, isso não foi visto como um dom, mas como uma aberração chamada síndrome hipertimésica. Porque não importa o quão útil uma memória tão impressionante possa parecer, esta memória fotográfica é um desastre para AJ. 

Ela descreveu sua memória como “ininterrupta, incontrolável e exaustiva”. Sem poder fazer nada a respeito, ela se perde em suas memórias, tem dificuldade em se concentrar no presente ou no futuro e vive quase continuamente no passado. 

Em outras palavras, se você conseguir se lembrar de tudo, ficará quase louco. É por isso que nossa memória é tão habilmente ajustada: Você se lembra do que importa.

Exemplos De Pessoas Com Memória Fotográfica

Como vimos até então, há uma falta de estudos e de padronização, mas há muitas evidencias da existência da memória fotográfica. Neste sentido, numerosas pessoas diferentes mostraram ao longo dos anos que têm uma capacidade incrível de lembrar coisas muito específicas.

Como Stephen Wiltshire (também chamado de “câmera humana”) que, após um voo de helicóptero pela cidade de Roma, foi capaz de pintar a cidade inteira até o último detalhe. Ou ainda, que após um voo de helicóptero sobre Cingapura, foi capaz de desenhar a cidade inteira no papel em 5 dias.

Além disso, podemos citar ainda o exemplo de Kim Peek, um estudioso de 58 anos que afirma que, dos mais de 9.000 livros que leu, ele se lembra de cada página. Ele diz que leva entre 8 e 12 segundos por página para gravá-lo na memória.

Ele lê os livros lendo uma página separada com cada olho, para que possa produzir esses resultados. No entanto, as afirmações feitas por Kim Peek nunca foram verificadas e, se verdadeiras, são altamente excepcionais.

O Segredo De Uma Memória Fotográfica

Você nasce com memória fotográfica? A resposta de muitos especialistas sobre isso é: Não. Nesse sentido, parece que a prática é a chave para uma memorizar excelente.

Deste modo, segundo estudos recentes, um especialista em memória constrói um palácio da memória na mente, uma espécie de estrutura ficcional, através da qual, ele pode caminhar mentalmente para se conectar visualmente com as coisas que ele colocou lá.

Quando eles veem ou experimentam algo interessante, tais especialistas em memória associam imagens emocionais aos fatos que desejam lembrar e criam, por assim dizer, “notícias” que exibem em seu “palácio”.

Palácio Da Memória

Segundo Foer, essa técnica foi descoberta no século 5 a.C. pelo poeta Simônides de Ceos, o único sobrevivente de um banquete realizado em um palácio que ruiu.

Quando solicitado a reconstituir os fatos, fechou os olhos e lembrou-se de todos os convidados e do lugar à mesa onde estavam sentados.

O poeta ficou tão impressionado com essa forma de memorização que desenvolveu uma técnica de memória que se tornaria a base do que mais tarde seria chamado de “a arte da memória”.

Segundo ele, quase tudo poderia ser lembrado, desde que recebesse uma ordem lógica. Por exemplo, atribuindo uma imagem a cada elemento ou dando-lhe um lugar em um edifício ficcional.

Quando alguém caminha por aquele prédio depois disso, encontrará todos os dados desejados novamente no local que fornecemos. O edifício fictício serve então como um palácio da memória.

Imaginação É Tudo

Portanto, para quem quer ter uma memória fotográfica, é recomendado memorizar de forma simples coisas difíceis, associando-as a imagens expressivas e incomuns, que você pode colocar no seu palácio da memória.

Quanto mais loucas forem as imagens, mais eficientemente você será capaz de lembrá-las e mais fácil será. Isso ocorre, pois, coisas banais são simplesmente muito mais difíceis de lembrar do que eventos incomuns, excepcionais, grandiosos ou ridículos.

Em outras palavras, o segredo de quem tem boa memória está na capacidade de criar com facilidade e rapidez ótimas imagens de coisas não tão boas.

Sua memória é, portanto, o resultado de sua imaginação, ao invés de um talento inato para ser capaz de lembrar bem das coisas.

PNL E O Hackeamento De Memória

Conforme vimos até então, a nossa memória é uma espécie de repositório de acontecimentos importantes, bons e menos agradáveis. E, a consultamos regularmente, a fim de dar sentido ao mundo que nos rodeia. Deste modo, memórias são uma parte importante de nossa personalidade.

Neste sentido, é possível aprender a aplicar a PNL em sua memória, para descobrir “como” você pode acessar sua memória fotográfica. Com isso, você estará trabalhando em como você responde ao que observa e como você poderia fazer isso de maneira mais eficaz!

Entretanto, pesquisas mostram que nossas memórias às vezes nos enganam e podem mudar com o tempo. Cada vez que trazemos uma memória, nós (inconscientemente) adicionamos novas experiências a ela, o que mais ou menos degrada a memória. Com todas as suas consequências.

Como Criamos Memórias

Percebemos o mundo através dos sentidos e então filtramos a informação, sendo que, isso acontece de forma totalmente automática e inconsciente. Esses filtros de seleção ou também filtros de chamada de atenção fazem duas coisas importantes:

• Eles determinam o que focamos e iremos absorver.
• E, tão importante quanto, determinam o que esquecemos.

Assim sendo, nossa capacidade de lembrar e esquecer é igualmente importante. Na verdade, esquecer é provavelmente uma das coisas mais importantes que nosso cérebro faz.

A Arte De Esquecer

Fácil, eu realmente esqueço de tudo, você pode pensar. No entanto, não é tão simples. Nossos metaprogramas determinam parcialmente o que esquecemos.

Estes são programas de seleção muito importantes, que inconscientemente, determinam mais ou menos no que prestamos atenção, ou não.

E Se Pudéssemos Ajustar Nossas Memórias? Hack De Memória

E, onde entra a memória fotográfica em tudo isso? Neste sentido, a psicóloga Julia Shaw pesquisou a implantação de memórias “falsas” no cérebro.

Assim sendo, em um experimento, ela sugeriu uma memória inexistente que, após alguma resistência, foi aceita como verdade. Dessa forma, ela mostra como nossa memória fotográfica é vulnerável e, portanto, somos sensíveis a falsas memórias.

Entretanto, considerando que nossas memórias são uma parte importante de nossa personalidade, imagine qual é o impacto de falsas memórias e erros de memória em nossa personalidade e, portanto, em nossas vidas!

O Uso Da PNL Na Construção Da Memória Fotográfica!

Todos nós percebemos o mesmo mundo exterior por meio de nossos sentidos. Mas, por que todos reagem de maneira diferente ao mundo exterior? Essas percepções sensoriais são convertidas em comunicação e comportamento por meio de um processo interno.

Isso ocorre antes da formação de uma memória fotográfica! Vale destacar que, este processo da observação ao comportamento se reflete no modelo de comunicação da PNL.

Portanto, com base em nossa percepção e na filtragem de informações, moldamos nosso comportamento diariamente a partir de padrões de pensamento recorrentes. Nossos padrões de pensamento são compostos de imagens, sons, sentimentos, diálogo interno, cheiro e sabor.

Filtramos todas as informações que recebemos omitindo, distorcendo e generalizando subconscientemente. Estes filtros criam nossas memórias.

Nossos pensamentos e humor, através das memórias, guiam nosso comportamento. Seja baseado na percepção real ou não ou em nossos padrões recorrentes.

Assim sendo, quando você aplica a PNL, você se torna consciente de suas percepções, padrões de pensamento e comportamento, para que possa fazer mudanças duradouras em sua comunicação e comportamento quando necessário e obter melhores resultados na vida.

Portanto, a PNL pode ser uma ferramenta poderosa para plantar na mente de alguém sugestões que ajudem a pessoa a se lembrar ou esquecer. 

Experiências que alguém nunca teve antes são implantadas como uma espécie de memórias futuras. Com as quais você pode direcionar e mudar a percepção da realidade de alguém. 

Ou ainda, também é possível trabalhar com memórias que foram rebaixadas, para que elas sejam esclarecidas e reenquadradas. Isso é chamado de associação. Afinal, para dar sentido às suas experiências, você precisa da sua memória.

Voltando aos estudos de Julia Shaw, como é maravilhoso quando você pode plantar memórias positivas, que ajudam as pessoas a, por exemplo, ganhar mais autoconfiança, ter menos medos, sentir-se mais fortalecidas e muito mais.

Neste sentido, a Formação em PNL Practitioner poderá ser o seu guia inicial! De forma objetiva, dinâmica, clara e prática, este curso irá lhe apresentar profundas e sofisticadas técnicas de PNL, para que os participantes possam obter o máximo de resultados.

Conclusão

Ter uma memória fotográfica parece puro luxo. Por exemplo, você não precisa aprender por dias, pois, muitas vezes basta ler uma vez e você pode consultar as informações novamente.

Entretanto ainda não está claro quais são as reais vantagens e desvantagens de se ter uma memória fotográfica. No entanto, o passado mostra que algumas pessoas não têm nenhum problema com esse dom. 

Assim sendo, se você desenvolver o processo de armazenamento e criação de memorias, através da sua percepção do mundo, comece a implementar o PNL em sua vida! 

Depois de ler este artigo, espero que você tenha uma melhor compreensão sobre o que é memória fotográfica. Fiz o melhor para cobrir esta questão com a maior profundidade possível. Caso você queira desenvolver essa habilidade, deixe-me saber com um comentário aqui em baixo.

Sinta-se à vontade para entrar em contato comigo se tiver mais dúvidas ou preocupações. Ficarei feliz em ajudá-lo(a). Suas observações e pensamentos pessoais também são bem-vindos.